domingo, 30 de outubro de 2016

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É madrugada, a casa se encontra escura, o único som frequente é o ronco de minha mãe, que anda cansada. Eu também estou cansada, mas não consigo dormir, as horas passam lentamente, sinto-me sonolenta, mas não adormeço. Meu estômago dói, ouço ruídos dispersos ao longo da casa, me encolho, fecho os olhos, forço o sono. Fracasso. Meus pés gelam o quarto inteiro, penso em você o tempo todo, você me tortura sem perceber e talvez sem intenção. Ponho os fones de ouvido com algumas músicas lentas e calmas afim de dormir, estas só me fazem chorar. Preocupada e nervosa, sigo tola durante horas, olhando apenas o clarão iluminando as árvores do lado de fora da casa. Cansada, inerte, zangada... Não caio no sono nem que me atire, nem que me mate... Uma lenta tortura... Amanhã estarei recomposta pra você enquanto o seu mundo desaba.