sábado, 4 de agosto de 2018

Db / h/ 1

Uma vez eu e D. estávamos aqui em casa, onde todas as janelas tem plantas, e ao redor dessas janelas existem várias árvores de ipê.
Olhando um brotinho que nascia tímido, sem nenhuma noção do que era, D. me olhou sério e perguntou de onde vinha o brotinho e porque eu tava deixando ele crescer.
Eu disse que não sabia, e que tava deixando pra ver até onde ia e o que ia virar.
D. sério arrancou o brotinho e disse que era maconha.
Eu mostrei pra minha mãe e perguntei de onde podia ter vindo.
Pra minha surpresa, ela assim como eu ficou curiosa e queria deixar crescer.
Pra ter certeza perguntamos a minha tia que entende de plantas que disse com certeza que era só um ipê rosa.

Mensagenzinha

Se alguém acompanha esse blog, o que eu acho que não acontece, mas de toda forma ele existe pra que eu possa mostrar (pra alguém?) Um pouquinho do que eu sinto, geralmente em relacionamentos.
Não, meus textos não são bons, há muito eu não leio como lia antigamente, e isso se deve ao meu maravilhoso celular.
Mas eu não quero falar disso, e sim 'avisar' (pra quem?) Que agora eu vou contar algumas das histórias engraçadas que eu vivi nesses relacionamentos.
É isso.

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

D.b

Eu sempre acreditei no amor, na pureza do desejo, na certeza incerta do sentimento...
Mas naquele momento eram as dúvidas que me rodeavam.
Nossas personalidades haviam se intensificado depois de longos meses à espera de uma resposta.
Eu estava cada vez mais impaciente,
E ele cada vez mais tardo.
O futuro decorado por planos de uma casa ampla rodeada e enfeitada por plantas, com convidados felizes e conversas animadas, parecia um pouco mais cinza.
Há pouco perdia seu tom laranja fogo de alegria.
Pairava em seu lugar a dúvida.
Os calafrios que percorriam meu corpo, já não eram regados pela paixão.
Meu desejo era quase tão murcho quanto maracujá velho.
As cores com que ele costuma pintar minha vida, e que eu tinha certeza que ninguém mais poderia colorir com tanta vivacidade, já estavam desbotadas.
E apesar de tantas outras pessoas, pintarem minha vida com cores tão mais vivas, eram as cores dele que eu queria em minhas telas.
Sentimentos assim, me faziam imaginar cada casa do mundo, que era habitada por famílias alegres e barulhentas, sem um único ser humano.
Como os ladrilhos, azulejos e rejuntes eram inúteis.
Como as porcelanas pintadas a mão, as velhas panelas de vidro ou barro e bules esmaltados eram insignificantes.
Como os imãs de geladeira e quadros de avisos eram quase cômicos mediante ao abandono.
Eu queria e ao mesmo tempo não queria pertencer a ele novamente.
O vazio que uma vez fora associado a sua ausência, agora pertencia a sua presença.
O único calor que eu sentia, era emanado do meu próprio corpo, e vinha acompanhado pelo frio característico das febres altas.